#naosofrelevafruta é uma das minhas “hashtags”, mas, tudo em excesso pode fazer mal para nosso metabolismo e, no caso das frutas, deve haver um controle da ingesta para quem está em processo de emagrecimento ou tem diabetes. Vou escrever um pouco sobre a frutose, “o açúcar das frutas”.
As frutas são ricas em FUTROSE, um tipo de açúcar natural que é absorvido por nosso metabolismo sem a necessidade da ação da insulina (frutose não desencadeia a produção de insulina por células β pancreáticas porque é absorvida praticamente toda pelo canal GLUT 5 em nossas membranas celulares). As frutas contêm quantidades diferentes de frutose, com variados índices glicêmicos (Índice Glicêmico – IG: velocidade com que os alimentos aumentam as taxas de glicose no sangue, quando comparado à ingestão de glicose pura); quanto maior o índice glicêmico, teoricamente, mais sobe as taxas de açúcar no sangue. Vou citar aqui algumas frutas por ordem de índice glicêmico: cereja – 22 maçãs e peras – 38, ameixa – 39, laranja – 42, banana – 52, e manga – 60. Com essa informação, você que está precisando emagrecer optaria por colocar no seu cardápio qual dessas opções?
Antes de lhe dar a minha resposta, vou discorrer um pouco mais sobre a frutose. Ela é extraída das frutas, mas também está presente, em menor quantidade, em verduras e legumes. Quando em natura (proveniente do alimento natural) traz benefícios para nosso metabolismo, já que estamos falando de fontes de alimentos também ricos em sais minerais, água e vitaminas, não é mesmo? O problema atual com a frutose está na industrialização desse açúcar. Isso mesmo, por ele ter um poder de adoçar muito maior do que a sacarose e outros açúcares (73% mais doce que a sacarose à temperatura ambiente), a indústria alimentícia tem utilizado a frutose para adoçar os seus produtos, e esse excesso de concentração de frutose pode então ser maléfico, tanto aumentando a quantidade de calorias diárias quanto se transformando facilmente em gordura e triglicerídeos, aumentando esses índices em nossa corrente sanguínea e células.
Alguns profissionais defendem o uso da frutose para os pacientes diabéticos, entre eles o transporte sem necessidade de insulina (já citado), a absorção mais lenta em relação à glicose, aumentos diminutos da glicemia após a ingesta, entre outros. Contudo, por outro lado, o excesso da frutose pode aumentar o tecido adiposo e causar mau controle glicêmico. Agora, para isso acontecer… Haja fruta viu!
Na minha humilde opinião, tanto pessoas sem doenças como os diabéticos, podem e devem consumir frutas e vegetais sem restrições. Agora, quando estamos falando de produtos alimentícios (para mim a maioria não é alimento, pois não nutre nosso corpo, ao contrário o inflama e o faz adoecer!), devemos ingerir com muita moderação alimentos contendo frutose como adoçante. Ademais o problema não está necessariamente na frutose, está em todos os conservantes, edulcorantes e tantas outras desgraças colocadas dentro dos produtos que nos subordinamos a ingerir. Esses sim farão mal ao seu metabolismo, estimularão a inflamação, aumentarão o acúmulo de gordura de baixa densidade (“colesterol ruim”), atrapalharão a produção hormonal e o sono… Enfim, resumindo… Quanto mais “in natura” mais saudável!
Então, respondendo ao questionamento inicial, eu optaria por qualquer uma das frutas citadas e excluiria da minha dieta bolachinhas, paçoquinhas diet, barras de cereal, sucos de fruta de caixinha, carnes vermelhas e frangos de animais de cativeiro, refrigerantes, pães e bolos industrializados. O que você acha? É a manga ou o pacote de biscoitos cream cracker que estão aumentando a população de diabéticos e obesos de nosso país?
E, se você quiser melhorar ainda mais o impacto positivo das frutas na sua vida, programe as refeições com composições de alimentos, ou seja, frutas com adição de farelos e oleaginosas (nozes e castanhas).
Nos vemos em breve em mais textos aqui em nosso blog.
Sócia e Diretora Técnica da Franquia DoctorFit, Médica e Profissional de Educação Física
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