Você sofre de dores nas costas? Conhece alguém que está sempre reclamando que tem que fazer uso de medicamentos porque tem hérnia de disco? Ficou sabendo que a dor pode ser crônica e até haver necessidade de cirurgia? Pois é, dores nas costas são sintomas muito comuns hoje em dia. Confira o texto que escrevi para te ajudar a entender as origens dessas dores e saber como devem ser tratadas.

UMA DAS QUEIXAS MAIS FRENQUENTES

A dor lombar baixa é uma das queixas mais frequente dos consultórios médicos e, para 80% dos adultos, aparecerá em algum momento da vida. Ela é caracterizada por dor persistente na região abaixo dos rebordos costais e acima da linha glútea, tem origem heterogênea e necessita de uma avaliação ampla e uma boa história clínica para que se entenda a origem e causas do quadro clínico. 

Muitas pessoas acreditam que a dor lombar que sentem tem origem no esforço realizado nas atividades diárias, ou que tem origem genética, mas a verdade é que as lombalgias são resultado da perda gradativa da massa muscular. Isso mesmo, apesar da maioria das pessoas acreditarem que têm problemas genéticos que propiciam as lesões de coluna, é a quantidade restrita de músculos somada as más posturas e esforços laborais agudos ou crônicos, que causam esse transtorno álgico. Uma estrutura já debilitada, com frouxidão ligamentar e déficit de tônus muscular serão mais susceptíveis a alterações degenerativa de coluna, lesões discais e contraturas miofasciais.  

Segundo “A dor lombar crônica também constitui uma causa frequente de morbidade e incapacidade, sendo superada apenas pelas cefaleias na escala dos distúrbios dolorosos que afetam as pessoas”. (ALMEIDA; KRAYCHETE, 2017).

As dores nas costas podem ser classificadas em três grupos:

  1. Associada a doença subjacente específica como degeneração discal ou doença articular, fraturas, deformidades congênitas, estenose espinhal, neoplasias (implantes metastáticos), artrite reumatoide, litíase renal, espondiloartropatias, entre outras, que compõem entre 10-15% do total;
  2. Presença de componente neuropático, por lesões neurais locais ou de origem cerebral (-5% do total);
  3. Inespecífica (geralmente mecânica – +75% das vezes!); Essas estão relacionadas a tensão muscular e lesões ligamentares como fibromialgia, transtornos somatoformes e simulação.

As estatísticas mostram que as dores lombares são mais frequentes entre:

– homens com mais de 30 anos;

– tabagistas ou alcoolistas;

– obesos;

– posturas inadequadas;

– transtorno de humor;

– baixo nível social e de escolaridade;

– sedentários;

– atividades laborais que exijam esforços com excesso de flexão, rotação, vibração do tronco e carregar peso;

Uma grande maioria de pessoas são submetidas a exames de imagem (RX, tomografia e ressonância), que, por vezes, evidenciam discopatias de grau leve que provavelmente não são as causas das dores, assim como certas artropatias ou deformidades anatômicas e funcionais. É importante entender que se houvesse um preparo adequado para a musculatura paravertebral, apesar das condições de base, não haveria dor. Portanto, não existe uma fidedigna correlação entre os exames de imagem e a dor referida do paciente. Esses casos hiperdiagnosticados proporcionam consequentemente excesso de uso de medicações e de procedimentos intervencionistas. Ainda, é importante destacar que para algumas pessoas, receber o diagnóstico de imagem de alterações na coluna, levam as mesmas a acreditarem que não podem praticar exercícios, pois os mesmos poderão agravar as suas afecções de base.

Uma bola de neve de erros levando a maior sedentarização das pessoas que mais precisam treinar!  

O QUE FAZER?

Então, se você sente dores nas costas, o primeiro passo é ter um diagnóstico o mais preciso possível, começando com um adequado exame físico e funcional das articulações da coluna (muitas vezes não executado pelos médicos!), um registro adequado de toda a história da dor: quando começou, tem fatores de alívio ou agravo, tem relação com o horário do dia, está presente durante as atividades laborais, e tantas outras questões que precisam ser investigadas. Lembre-se: O EXAME DE IMAGEM DEVE SERVIR COMO CONFIRMAÇÃO DE UMA HIPÓTESE DIAGNÓSTICA APÓS ANAMNESE E EXAME FÍSICO e não é ele quem define a causa da dor. 

Depois, o próximo passo será o trabalho de reabilitação que pode ter que ser realizado em dois tempos: primeiro, enquanto a dor ainda é aguda, na fisioterapia; e, segundo, no fortalecimento muscular realizado pelo profissional de educação física.

COMO EVITAR?

Para se evitar as dores de coluna, são necessárias, pelo menos, cinco atitudes e características:

– Manter a composição corporal adequada com maior quantidade de massa muscular e menor peso gordo;

– Analisar e melhorar as posturas de trabalho;

– Supervisionar as posturas, corrigindo-as frequentemente;

– Manter o melhor tônus muscular possível com treinamento específico para a musculatura paravertebral com orientação profissional;

– Frequentemente ativar a musculatura através de movimentos de mobilização evitando a permanência de muitas horas na mesma posição;

Pronto!

Assim você terá uma coluna muito saudável.

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Divulgue para todo mundo :D

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