[Parte III] Como sobreviver com a pandemia?

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Início este texto narrando duas frases do Oráculo de Omaha.

Dono de uma fortuna de 67 bilhões, Warren Buffet é o expoente de uma das gerações mais brilhantes do capitalismo americano. Ele colecionou uma série de sucessos a frente da Berkshire, sua holding de investimento.

Buffet possui várias frases emblemáticas, apoteóticas diria, e muito conteúdo teórico e prático, fora sua simplicidade franciscana. Para esse artigo vou falar de duas frases que são fundamentais para compreender o contexto do texto, sendo a primeira delas: “O risco aparece quando você não sabe o que está fazendo”.

A segunda, que complementa a primeira é essa aqui: Regra número 1: não perca dinheiro. Regra número 2: nunca esqueça a regra número 1.

E é sobre isso que quero conversa com vocês hoje: correr riscos calculados.

Vou detalhar tudo que sei sobre oportunidade, desafios, tomada de decisão e uma série de outras intempéries que você, como empreendedor, querendo ou não, vai passar. Por isso, peço que leia até o final, afie seu machado, pois nesse momento carecemos de muito conteúdo técnico e preparação para aprender como mensurar os riscos.

CORRER RISCOS CALCULADOS

Tópico 1 – Procura e avalia alternativas para tomar decisões

A essência da boa gestão é tomar decisões corretas. O seu dia a dia como empreendedor será tomado por possibilidades que devem ser resolvidas o mais breve possível e com maior nível de assertividade.

Você será bombardeado quase que diariamente para tomar decisões mais assertivas a fim de buscar o sucesso da organização.

Quando precisar tomar uma decisão, tenha clareza que a mais acertada muitas vezes é constituída com o máximo de informações possíveis, tanto qualitativas quanto quantitativas. Também é importante frisar que essa decisão será afetada por sua personalidade, grupo de trabalho e experiências passadas.

Inclusive farei mais algumas considerações: de acordo com o professor Ralph L. Keeney, muitas vezes os gerentes ou gestores consideram poucas alternativas para se tomar uma decisão acertada. Eles, muitas vezes, têm por ação agir rápido e sem avaliar o contexto. Dessa maneira erram na tomada de decisão correta. Então, tenha calma em qualquer ação que venha tomar.

O nosso estado emocional também interfere para as tomadas de decisões, logo não prometa nada quando estiver feliz, não responda nada quando estiver irritado e não decida nada quando estiver triste.

BUSCA REDUZIR AS CHANCES DE ERRO

Se você notar em meus artigos mais antigos, cito quase que semanalmente os números gritantes do Sebrae sobre as empresas que vão a falência nos dois a cinco primeiros anos, saltando de 25% a 60% de quebras. Para essas a falta de preparo teórico/prático sobre gestão, vendas e marketing são umas das principais causas dessas derrocadas.

Então, esse tópico sobre redução das chances de erro deve basear seu pensamento antes mesmo de você colocar um negócio próprio.

Não espere estar na frente de batalha, no dia a dia da operação para pensar em preparação. Visando errar menos, tem de ficar claro aonde e como você quer estar daqui a um, três e cinco anos e em cima dessas datas, preparar-se ininterruptamente.

Quanto mais conhecimento e prática você tem, menor é a chance de cometer erros, visto que uniu o conhecimento do dia a dia com a teoria que tanto fala. Agora, se você já está em operação, buscar reduzir chances de erro está mais ligado a estratégia do seu negócio do que você pessoa física.

A estratégia de qualquer negócio inicialmente deve ser geração de lucro.

Ao iniciar sua empresa, considere focar 80% do seu tempo para marketing em vendas, prospectar clientes para lotar sua agenda e melhorar sua presença tanto online quanto off-line, pois a melhor forma de reduzir erro é ter caixa na empresa para errar novas vezes.

Estude muito, trabalhe incansavelmente e una-se com pessoas mais velhas e mais inteligentes que você, esses são meus melhores conselhos para reduzir a chance do erro!

ACEITA DESAFIOS MODERADOS, COM BOAS CHANCES DE SUCESSO

Nunca se entra num rio com os dois pés!

Quando um jovem me pede conselho sobre ideias para empreender, sobre colocar o primeiro negócio, o primeiro e principal apontamento meu é: reduza o valor do seu Bussines Plan para 20% do investimento, jogue a ideia na rua e tente fazer venda, se der certo você reinveste progressivamente os 80%, caso de errado, você poupou 80% num modelo de negócio que não funcionaria.

Isso é pensar de maneira madura em empreender.

Quando você colocar seu primeiro negócio o sentimento e vontade é de fazer algo estrondoso, bonito, enorme e com alta lucratividade, mas o que realmente acontece é que seu negócio nos primeiros anos será desenvolvido para empatar e pagar as contas.

Esse é o jogo da maturidade.

Você não pode e nem deve entrar num negócio arriscado, que você não tem uma boa vivência acreditando que o sucesso será rápido e simples, na grande maioria das vezes isso demandará tempo e muito trabalho árduo.

O brasileiro tem o perfil arrojado, é um empreendedor nato, sendo o negócio próprio o quarto maior sonho. O problema é a falta de preparação para colocar esse negócio e o aspecto afoito em entrar com os dois pés antes mesmo de ter vivência e prática no segmento.

Finalizando o artigo, acredito que você tenha entendido o ponto: é ótimo termos desafios em nossa vida empreendedora, mas é fundamental entendermos que precaução e pés no chão fazem parte da receita para o sucesso do empreendimento.

É melhor uma pequena cautela do que um grande remorso. (O homem mais rico da Babilônia)!